Eu simplesmente não entendo. Nem ele, nem eu. Nem sempre
aquilo que demonstramos é aquilo que sentimos. E geralmente é o contrário. Já
parou para pensar nisso? Pelo menos para mim é assim. Eu queria saber por que é
tão difícil conseguir dizer o que eu realmente quero. Muitas vezes as palavras
estão ali, prontas pra sair, mas alguma coisa impede. Não sei se é cara ou
se é coração. E elas continuam ali, engasgadas. Quem sabe um dia eu tenha
coragem de dizer. Quem sabe seja tarde. Mas aí só eu vou saber. Eu também penso
que pode ser egoísmo. Penso que pode ser uma proteção. Penso que pode ser só
mais uma ilusão atrelada à dor. Penso, penso e repenso. Penso demais e acabo
vivendo e sentindo de menos. Sofri tanto
para aprender a ser sozinha. E sou. De certa forma. Mas quem é que não quer
viver e sentir? Se permitir? Admiro muito quem gosta e se entrega. Acho uma
atitude tão corajosa. E um dia eu vou ser corajosa assim. Vou mesmo! Mas nem
sempre a culpa é só nossa. Os outros tem grande parcela nisso. Eu sei que não
devemos colocar a culpa dos nossos erros ou problemas em outrem, mas às vezes
é inevitável. E sabe o que me deixa tão confusa? Essa história de falar de um
jeito e agir de outro. As pessoas falam que querem algo, mas agem de forma
contrária, e depois já não sabem mais se realmente querem. E
eu já sou confusa assim, só comigo. Para falar a verdade, estou disposta, sabe? Mas
não depende só de mim, como tudo nessa vida, né? Tão incoerente essa história
de ser sozinha e ao mesmo tempo não poder fazer nada sem ninguém. Ei cara, criei
coragem. Eu quero. Mas tá. E daí? Como faz agora? Se não tiver como ser, tudo
bem. Volto pro meu mundinho solitário e começo tudo outra vez. Mas a coragem eu
criei, e só queria um sinal. Não gosto dessa dúvida. Posso ou não deixar ir,
fluir?
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