quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que é demais é menos ou nulo

Sorrisos demais, abraços demais, alegria demais, apertos de mão demais. Tudo que é demais é falso ou faz mal. Mas o faz mal vamos deixar de lado. Isso é tudo discurso de falso moralista que quer, quer, quer, quer e quer. Por que quem é, não quer. Isso mesmo! A felicidade não faz questão de ser estrela, ela tem muito mais importância que isso. O amor não veio até aqui para aparecer, ele é bem mais do que provas. A amizade não gosta de ser confundida, ela prefere ser sentida. Ninguém consegue ser alegre o tempo inteiro, não é mesmo, Wander Wildner? O queridinho dos gaúchos estava certíssimo em sua colocação.
Sempre odiei pessoas muito felizes, muito queridas, muito simpáticas. Esse povo que não se desmonta por nada, sabe? Aí, treinando a minha imparcialidade, resolvei mudar de lado e tentar, pelo menos, pensar da maneira que essa gente linda, querida, simpática, que tem muitos amigos e ama o mundo, pensa. “Ou eu sou muito má, ou tem alguma coisa errada”. Era o que me ocorria sempre que encontrava pessoas assim. Pensava que podia ser má, porque não acreditava nessa vida linda. Para mim, isso era utopia. Aliás, continua sendo. Cheguei até a pensar que eu era total desequilibrada, temperamental e bipolar, e que isso era ruim. Enfim, me sentia mal por não gostar de gente muito legal. Para mim, ou era falsidade ou era falsidade.
Até que um dia, tive uma ideia muito idiota: passar o dia todo achando tudo lindo, tudo legal, amando as pessoas e o mundo, e pensando que minha vida era perfeita. O resultado? Fiquei com nojo de mim por que passei o dia me enganando e enganando as pessoas. Não vivi naquele dia, apenas estava ali fazendo algo para alguém, bem assim, abstrato. Me senti um boneco. Isso, boneco é a palavra! Um boneco falante e sem vida. Ninguém vive na ilha da fantasia. E quem pensa que vive, é frustrado ou está precisando de uma visita da humildade e de um choque da realidade. Acorda Brasil!
Ninguém é feliz o tempo inteiro. Ninguém ama todo mundo. Ninguém tem um milhão de amigos ou um milhão de irmãos. Ninguém sabe tudo. Ninguém lê a todo o tempo. E se existe alguém assim, deve ser de outro planeta, porque humano que é humano sofre, chora, tem medo, cai e, o mais importante, sente. E quem sente de verdade, não tem tempo nem coragem de divulgar. Não se preocupe, você não precisa provar nada para ninguém. Você só tem que provar que não precisa provar nada para ninguém. Compreendeu Renato Russo agora? E nesse mundo tão individualista, ninguém está esperando nada de você nem cobrando que seja corajoso, inteligente, feliz, amigo, simpático e lindo o tempo inteiro. Até porque as pessoas tem mais o que fazer, sendo total realista. Se permita desmontar e sentir. Mas sentir por você, não pelos outros. Viva de maneira natural: só assim você vai transparecer o que realmente quer. Espontaneidade é a palavra, baby!

domingo, 18 de setembro de 2011

Como discutir a relação: Você x Você

Andei ouvindo algumas coisas que não gostei. Apesar de terem sido boas, eu não gostei. Mesmo! E adivinhem o que aconteceu! - Analisei a situação e resolvi discutir minha auto relação. É, uma DR comigo mesma!
 A pergunta que não quer calar é: Por que temos tanta dificuldade de aceitar a realidade e admitir os fatos? Quem sabe até conseguimos admitir, mas ouvir isso de um terceiro não é nada agradável. Pelo menos para mim não foi, já que meu orgulho adora descobrir tudo sozinho e ser super, hiper, mega, ultra independente, no auge da denominação. Creio que não estamos preparados para os fatos, nem nunca estaremos. Claro, para isso tenho uma teoria: por mais realistas que somos ou tentamos ser, temos muita esperança dentro de nós, seja qual for o dilema, ou nem tão dilema assim. Simplesmente por que somos humanos, mesmo que por vezes isso não condiga com nossas atitudes.
 Outro ponto a ser relevado é o fato de que é muito mais cômodo acreditar no que queremos. Lá vem a esperança atrapalhar mais uma vez. Todos esses problemas existenciais – se é que posso chamar assim – estão conectados. Analisemos. Quem nunca teve um amigo corno que jamais acreditou o ser? Pois é, ele sempre vai ser enganado pela namorada e sempre vai pensar que ela é uma santa. E se alguém tentar ajuda-lo, ainda tem a chance de passar por agorento ou invejoso. E não pense você que ele é ingênuo! Ou ele tem alguma segunda, terceira e até quarta intenção ou para ele é muito mais prático continuar assim. Analisemos outra vez. Já pensou ele acordar pra vida, terminar o namoro, sofrer sozinho e tentar aproveitar o tempo perdido? E mais: ter que arrumar outra namorada, criar intimidade novamente e ter de fazer todas aquelas coisas chatas de início de namoro? Pensou? Ah, vai dizer que não deu preguiça só de imaginar? – Entendamos nós, que estou analisando friamente o caso e não estou levando em conta o romantismo. Hoje estou caminhando ao encontro da praticidade.
Então, será que não queremos mesmo aceitar os fatos? Sei, depois de muito aprender, que não se deve julgar ninguém, pois não sabemos o que se passa dentro da cabecinha das pessoas, muito menos o motivo de suas atitudes, por mais que tentemos imaginar e entender. Claro que, teoricamente, seria muito mais correto e digno, da parte do seu amigo corno, terminar o namoro, admitir a realidade, se impor como homem e honrar o que tem entre as pernas, mas nem tudo acontece como deve ser. Ah, e tem outra, quem sabe o que é certo e o que é errado? Ninguém, essa é a verdade.
Usei esse exemplo grosseiro, porém real, por que sei que muitos passam por isso ou conhecem alguém que passe, o que torna a compreensão do meu raciocínio mais fácil. Continuemos analisando. Quem não quer “encarar” os fatos, tem algum motivo para não o fazer. Consciente ou inconscientemente como no caso do amigo corno. Daí, minha meia conclusão sobre o assunto: Não é que não conseguimos enfrentar a realidade. É que temos alguma dificuldade proveniente sei lá de onde, por algum motivo que desconhecemos. E isso não nos permite ou não quer que enxerguemos. Entende? Preferimos assim como está, ou não queríamos que fosse de outra forma por desacreditar, por teimosia, pelo próprio comodismo, – pai dos problemas – ou até mesmo por medo. Afinal, temos medo da mudança, seja ela pro bem ou pro mal. Agora, o que me falta descobrir é que problema está conectado ao fato de eu não ter gostado de ouvir o que ouvi. Por que analisar os outros é fácil, né? Mas comecemos por nós...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Nem tão magros em Coimbra

Tudo começou quando aquela minha idéia maluca de      conhecer o mundo foi acendendo dentro de mim. Até que eu fui crescendo e vi que o sonho estava chegando cada vez mais perto, e que eu, deveria de qualquer jeito torná-lo real. Um dia ele aconteceu. Ou pelo menos, partezinha dele. Só que o que eu não sabia é que com ele viriam todos esses sentimentos atrelados.
Algumas pessoas tem mania de glamourizar tudo e se deslumbrar com qualquer acontecimento, mas ter a oportunidade  de estar na Europa, não significa nada perto de tudo o que vivemos e de todas as histórias que contaremos e as que preferiremos nem contar. Sem vocês, com certeza não teria sido tão importante, não teria valido tanto a pena e não teria sido tão divertido nem tão verdadeiro como foi. Poder aprender pequenas coisas junto com alguém que também comete os mesmos erros que você, poder descobrir coisas inimagináveis ou um simples caminho sozinho, se sentir segura e poder transmitir segurança a alguém ou até mesmo poder ligar à qualquer hora, só para contar que cantou a música da Xuxa, é tão confortante quanto impagável. Acredito que esse sentimento se chame amizade, que não tem dia, hora e nem motivo para acontecer.
 Certo dia, numa dessas noites memoráveis de Coimbra, um amigo disse que “aqui não temos referência” e isso me fez matutar. Não é que ele estava certo mesmo? Afinal, mesmo que soe estranho, somos nós por nós mesmos, e só. Nesse momento, senti que tinha mais responsabilidade do que eu imaginava e me senti frágil. Mas e será que a fragilidade é ruim? Não! Pelo menos pra mim não foi. Me sentir frágil, vulnerável e sensível - coisa que até então eu desconhecia - me mostrou que as nossas fraquezas é que muitas vezes nos unem para nos tornar fortes e intensos, no melhor sentido da palavra. E sabe do que mais? Nessas horas percebemos que temos com quem contar, e que alguém preenche o vazio momentâneo que sentimos e nos mostra o caminho certo, o caminho que leva a Associação, ao Bigorna, ao Tapas ou até mesmo a NB. Cada um de vocês que conviveu comigo, mesmo que por pouquinho tempo, tem um pedaço do meu coração. E por mais clichê que possa parecer, só queria agradecer à todos por terem feito parte dos meus melhores minutos e, principalmente, por aguentarem a minha eterna TPM.




Por fim, queria pedir que, por favor, percam a barriguinha europeia! E aos que ficam... Bom, dizem que barriguinha é sinal de saúde!
- Quando se fala que Coimbra é a terra de todos os amores, não é à toa não... Coimbra também é a terra dos meus amores!