sábado, 11 de junho de 2011

A espera do reconhecimento

O ser humano tem essa mania estranha de estar sempre à espera do outro. Mas o outro a que me refiro, são sentimentos, respostas, reciprocidade. O que não existe dentro de qualquer um, infelizmente. O que acontece é que, muitas vezes, as pessoas, além de não saber equilibrar até onde essa espera pode ir, confundem qualquer sentimento com favor. Sim, isso soa estranho, mas se pararmos para pensar, talvez possa fazer sentido, afinal, as minhas teorias sobre a mente humana são tantas que por vezes até me embaraço e, quando isso acontece, quase nada faz sentido. O ponto que quero chegar é que, se quiser ajudar alguém, ajude, mas não espere nada dessa pessoa. Além de não ser digno é frustrante, faz mal tanto para quem ajuda, como para quem é ajudado. Quem está praticando a ação, não está ajudando por vontade própria e transmite a sensação de que está ajudando apenas para ser recompensado, o que no fundo, é apenas espera por reconhecimento ou então, necessidade de se mostrar como bom. Parceria e cumplicidade podem até estar interligadas à favores, já que no nosso querido amigo dicionário essa palavra está designada como uma ação que alguém pratica pensando apenas no bem estar do outro sem esperar nenhum retorno, mas acredito eu, que amigos também agem assim, ou pelo menos deveriam, o problema é a prostituição que fazem com a palavra Favor. Mas já falando por mim, apesar das dificuldades, eu sempre consegui me virar. Confesso que já precisei de ajuda e apenas aceitei porque necessitava, já que sou um tanto quanto orgulhosa, mas no momento não estou precisando de ajuda nem de favores, quero apenas amizade, parceria e cumplicidade, para sentir que não devo nada à ninguém. Sempre deslizei, dei mancadas, fiz coisas erradas, mas nunca com esse intuito, sempre faço querendo acertar e acredito que é assim que as coisas tem de ser, cada um se virando do jeito que der para chegar no destino final com as coisas corretas e com dignidade de poder dizer que tentou. Não quero que ninguém recuse a ajuda dos outros, pelo contrário, quando o sentimento for verdadeiro, tudo é aceitável, estamos aqui para isso mesmo, para adquirir experiências, para viver. A questão é que eu, sendo apenas mais uma perdida pelo mundo, deixo um conselho à você: Quando estiver ajudando alguém, faça com o coração. Se você oferecer ajuda a alguém e esperar algo em troca, é a mesma coisa que se não a fizesse. Seja verdadeiro e perceba que nem sempre favores são bem vindos. E o mais importante, certifique-se bem, antes, se as pessoas precisam do seu favor ou se elas querem apenas a sua amizade e tudo o que vem com ela.