segunda-feira, 11 de junho de 2012

A alma leve da noite


Por um ou outro, ou quem sabe tantos motivos, eu prefiro a noite. É nesse tempo, enquanto a maioria dorme, que os bons de alma planejam seu futuro e sonham desvendar o mistério da humanidade. Noite também é tempo de coragem, pelo menos para mim. De tal forma que há quem precise de alguma substância para se encorajar, eu preciso dela para sonhar. A lua e as estrelas são sempre a minha platéia e minha melhor companhia. São nas noites que eu lembro de ósculos, de farras, dos amores, das paixões, das tentações, dos corações. É de noite que eu sei o que eu quero. Que eu penso no mistério. Que eu leio e escolho a dedo. E esse é o tempo que começam as fantasias e a minha volta ao mundo. A noite é tão inspiradora em seu mistério, tão inquietante em seu silêncio, tão aconchegante. E seguida de uma boa canção então? Não há quem resista a esse belo arranjo. Quando a música adentra nossos ouvidos, o pensar corta, mas o coração aspira. Há noites que estou aqui, outras estou ali. Vou até à lugares que nem quero ir. Espero tanto pela noite. E com ela também vem a penumbra e sua melancolia. Leve e sutil: na dose certa.  A noite eu reservo mesmo para viver meus sonhos, no meu mundinho. E o que seriam dos meus dias sem meu crepúsculo de sonhos? 

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