sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O que a política dos últimos 4 anos me ensinou


Pensei várias vezes se perdia meu tempo escrevendo sobre isso ou não. Resolvi escrever. É tanta besteira que eu vejo por aí nessa época de campanha que eu chego a ficar nervosa. E não adianta vir dizer que é besteira escrever ou perder tempo pensando em política, porque para mim, perda de tempo é não pensar na sociedade e em como a política – de verdade – pode mudar um país. Porque temos que deixar bem claro aqui: política é uma coisa, politicagem é outra bem diferente. E entendi bem isso nos últimos anos, porque acompanhei algumas coisas de perto na minha cidade. Política é o nosso direito de exercer nossas funções e lutar pelo que acreditamos ser o melhor para um todo, é a democracia, é aquilo que um grupo de pessoas escolhido para representar a sociedade deve fazer para melhorar a qualidade de vida da população. É pensar e agir sempre de maneira coletiva. Politicagem é o que um grupo faz pensando em se manter no poder. É comprar votos, é se beneficiar da ingenuidade das pessoas que não tem tanto conhecimento para saber diferenciar essas duas palavras. É querer levar vantagem. É achar que é dono de uma cidade. É se manter por um sobrenome. E para mim, que sempre fui uma revolucionária preguiçosa, que sempre quis ver o mundo melhor, foi uma decepção e tanto ver que a política, tão linda na teoria, é destruída na prática por meia dúzia de pessoas que não se importam com o coletivo, mas que se importam apenas em levar vantagem, em aparecer, em continuar dando emprego para os parentes, para o filho do vizinho, para o ex chefe, para a mãe da amiga da filha, enfim, apenas para alguns escolhidos. Eu queria mesmo é que a política fosse como ela tem que ser, mas infelizmente nem tudo está em nossas mãos, não é mesmo? Mas isso foi bom para eu aprender que, se eu quiser mudar alguma coisa em algum lugar, tenho que começar por mim. Ah, mas nem tudo é tão ruim assim. Nesses últimos 4 anos também aprendi que tem gente boa sim. Que tem gente que não se vende. Que tem gente que pensa e luta por um mundo justo.
Depois de tanta enrolação, posso dizer que aprendi a desconfiar um pouco mais das pessoas. Que a política é bonita sim, e que o problema do Brasil, da tua cidade e da minha Tapejara, são apenas algumas pessoas. Aprendi também que nem tudo está perdido, porque dentro de tanta sujeira, ainda existe gente do bem. E eu, como futura jornalista, acredito que uma das minhas missões nesta vida, se não a principal delas, é informar as pessoas do que realmente acontece por aí. Informar com justiça e tentar esclarecer algumas coisas. Nem sempre conseguimos, afinal ninguém é dono da verdade ou sabe de tudo, mas acredito que temos que fazer o possível sempre, dentro do nosso alcance. Falo isso também, porque vejo muita gente por aí, que nem sabe o real significado da palavra POLÍTICA, falando tanta coisa errada, tanta mentira e me preocupo. Não me preocupo com essa gente que fala sem saber, mas me preocupo com quem ouve e simplesmente acredita. Me preocupo com a falta de informação. As pessoas devem estar mais instruídas. Devem saber quais são os programas do governo, devem saber quais são seus verdadeiros direitos, e saber que direito não é aquilo que lhes dão, mas sim aquilo que ninguém pode lhes tirar.
Já me falaram tantas vezes para eu desistir de tentar mudar o mundo, mas acreditem, eu nunca vou fazer isso. Vou continuar sempre tentando fazer a minha parte, por mais clichê que possa parecer. E espero que você também faça a sua! E para mim, não interessa quem é que vai se eleger, se é partido A ou partido B. Se preocupar tanto com isso é politicagem. E eu não quero isso. Eu quero política. Política de verdade. Quero que as pessoas possam usufruir dos seus direitos sem precisar mendigá-los. Quero que ninguém seja feito de idiota neste Brasil, nem na minha cidade!

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